Tem 3 assuntos que são grandes paixões na minha vida: comida, cérebros e relações. Assim mesmo. Estranho, mas fazendo total sentido para o jeito que vejo o mundo e o significado que, mais uma vez, surgiu em pauta na mentoria de hoje: conexões bem nutridas no longo prazo geram rapport e são nutridas também por rapport (criar uma conexão). Mudam nossas conexões neurais (sim, isso é fato) e nos tornam mais habilidosos em fazer construções de relações saudáveis (boa comida, boa saúde). E no fim de todas as contas, sempre são as relações saudáveis que nos salvam. De vidas medÃocres e do layoff ("demissão em massa").
Será tudo isso mesmo, Erica?
Sim.
Um dos instintos básicos do ser humano diz respeito ao senso de pertencimento. Fazer parte. Sentir-se conectado enquanto grupo e comunidade. Mas para isso ter impacto em nossos cérebros e em nossa regulação emocional é preciso que estas relações geram sensação de confiança e ancoragem. Relações nutridas em contatos e trocas verdadeiras constroem apoio mútuo de longo prazo. E esse pode ser o apoio diferenciado que precisamos quando enfrentamos uma dificuldade de vida que parece ser maior que nós no momento que ocorre.
Hoje a conversa foi sobre como se preparar no longo prazo para momentos como um desligamento profissional, por exemplo. Como profissionais, podemos incluir no processo de construção de trajetória a nutrição de boas e verdadeiras conexões. Porque serão as pessoas que de fato terão maior conhecimento sobre nossas habilidades e poderão lembrar da gente quando enxergarem algo que pode estar alinhado com algo que sabemos fazer bem ou estamos precisando. Então, você nutre relações e se habitua a encontrar formas de ir comunicando o que busca, se colocando disponÃvel para receber ajuda, para que as pessoas possam saber o que você precisa.
Nutrir também tem relação com comunicar: ajudar, dialogar, participar, compartilhar. Estar presente, apoiar quando tiver algo a contribuir. Encontrar pontos de contato que possam reforçar a conexão de um jeito verdadeiro: temas em comum que interessam? Estilos de vida? Uma mentoria de colega pra colega? Dica de livros, filmes e lugares que possam ser de interesse mútuo? Debater um assunto novo do trabalho? Muitas são as formas de nutrir e todas elas ensinam nosso sistema neural a se habituar ao processo de nutrir relações saudáveis e de troca. Como hábito mesmo, como pratica cotidiana.
Como já ouço o Leandro comentar desde 2021: Seja interessante antes de ser interesseiro. Fato é que se andarmos juntos, em colaboração verdadeira, poderemos alcançar uma rede maior de conexões quando tivermos demandas especÃficas, como a busca por nova colocação profissional. E isso vale para muitos outros cenários.
Estou finalizando uma pós em UX agora, integrando aprendizados com a pós em Negociação e senti que fazer as mentorias do Plano de Guerra do MBA em UX seria a cereja do bolo para estimular ainda mais o meu próprio processo de aprendizagem. Além de exercÃcio sobre encontrar conexões e traduzir o Design, cada vez mais, dentro das áreas multidisciplinares que atuo.
Abro aqui para vocês meu próprio processo de aprendizagem. Notas, esquemas, insights que juntam conhecimentos de muitos lugares que trago. Busco uma conexão e outra e outra. Junto pontos e fios. Organizo fluxos. Sintetizo. Conecto percepções e busco organizar isso como uma jornada, ou um esquema, ou um passo a passo que possa ser lembrado e repetido. Para que possa ser replicado, quiçá se tornar modo de agir e novo hábito. E que possa me levar para um alvo definido.
Acompanhe a jornada! Serão 50 mentorias. 50 insights por aqui.
Sou a Erica Gasparetto Martinovski. Fonoaudióloga expert em Neurocomunicação e Comportamentos, atuando em análise e melhoria de processos de comunicação de lideranças e negócios. Trazendo o design para tornar essa jornada mais tangÃvel e estratégica.
Inspiração do texto: Plano de Guerra/Mentoria em UX - Dia 5 - João Traini com o tema "Me recuperei do layoff em 1 semana, como me preparei para isso no decorrer da carreira. "
Para me seguir: